. Da Asia de João de Barros e de Diogo de Couto. vontade ; e como levavam mui-tos reales , e gaitavam largo, comprarama feda, peças, e mais coufas de brincos ,e fazendas com tanta largueza , que fubí-ram os preços de maneira , que não oufi-ram os mercadores da índia un empregarfeus cabedaes ; e aílim partiram come náos ef-ta monção pêra un índia quaíi vaíias deílascoufas que coílum.avam levar. Por eftas mefmas náos avifou D. Pau-lo de Portugal de tudo iílo ao Conde Vi-fo-Rey 3 que chegaram a Goa no fim deAbril, e o Conde propoz em Confelho oavifp que D, Paulo la mandou dos Caf- te- 7^o ASIA DE Di

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. Da Asia de João de Barros e de Diogo de Couto. vontade ; e como levavam mui-tos reales , e gaitavam largo, comprarama feda, peças, e mais coufas de brincos , e fazendas com tanta largueza , que fubí-ram os preços de maneira , que não oufi-ram os mercadores da índia a empregarfeus cabedaes ; e aílim partiram as náos ef-ta monção pêra a índia quaíi vaíias deílascoufas que coílum.avam levar. Por eftas mefmas náos avifou D. Pau-lo de Portugal de tudo iílo ao Conde Vi-fo-Rey 3 que chegaram a Goa no fim deAbril, e o Conde propoz em Confelho oavifp que D, Paulo lhe mandou dos Caf- te- 7^o ÁSIA DE Diogo de Couto telhanos ; e aíTentourfe nelle que fe efcre-veíle a D. Paulo, que conforme as ordensque tinha de Sua Mageílade, em que pro^hibia paíTarem Caílelhanos á China , lhoimpedilTe , e os lançaíTe fora, fe ainda láeftiveíTem. E por virtude delia ordem foiD. Paulo de Portugal no anno feguinte con-tra os Caílelhanos , que eftavam no portodo Pinhal , e os lançou delle á forja de^rrnas, e não tornaram lá mais.. DE- 2^1 DÉCADA DUODÉCIMA Da Hiftoria da índia. L I V RO IIT. C A P I T U L o I. Do que nejie verao aconteceo na conquijla.da Ilha Ceilão : e das vitorias que osvojfos alcançaram do Tyranno de Can-*dea : e da fermofa tranqueira que D, Je^ronymo mandou fazer no lugar de Ma*nicravaré. - A Lcançadas as vitorias que diíTemos/^à nas fete Codas , e desfeitas as tran-»?^^ -^ queiras dos inimigos , determinouo Geral D. Jerónimo de Azevedo de man-dar fazer huma tranqueira em Manicrava-ré, por ficar mais vizinha aoReyno deCan-»dea , pêra dalli o poder conquiílar, e fa-»zer naquclla tranqueira armazém , e affen-pto de guerra, e ficar dalli como prefidio^e caílello contra as quatro Corlas. Eftatranqueira determinou que foíTe de pedrapêra mor fortificação, e fegurança da gen^te , que nella havia de eílar : pêra o queajuntou grande número de s^aíladores , e 2^% ÁSIA DE Diogo de Couto officiaes, e todas as achegas, e materia

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